A giárdia, ou Giardia lamblia, é um parasita intestinal que, em geral, causa diarreia em cães, gatos, aves, coelhos e seres humanos, por isso é considerada uma zoonose.
Mesmo que a apresentação de sintomas ajude a identificar problemas de saúde nos pets, alguns deles podem ser traiçoeiros, como a diarreia, por exemplo. Ela é provocada por diversos motivos e, às vezes, o tutor não dá tanta importância.
No entanto, esse é o principal sintoma da infecção. Além de trazer diversos desconfortos aos pets, a doença é de fácil transmissão. Agora que você já sabe o que é giárdia, entenda as causas e saiba como prevenir a giardíase ou giardiose.
Causas da contaminação por giardíase
Vamos falar sobre como os pets se contaminam com esse parasita intestinal. Quando um animal já está contaminado pela Giardia lamblia, ela fica no intestino dele. Ao defecar, ele elimina os cistos do protozoário nas fezes, contaminando o ambiente.
Extremamente resistente, o protozoário pode sobreviver por meses nos ambientes, ficando nas fezes encontradas na rua, na água ou até no pelo dos pets. Com isso, é ingerido pelos animais e dá início a um novo ciclo da giárdia.
Como o tutor pode reconhecer a giárdia em cães e gatos
Já falamos sobre o que é Giardia lamblia e como os animais se contaminam com ela. Agora, vamos avançar mais um pouco e explicar sobre o reconhecimento desse protozoário nos pets.
Uma das principais dificuldades em identificar a giárdia em cães e gatos é que ela se manifesta principalmente pela diarreia. Por isso, é comum que seja confundida com doenças de menor gravidade, o que contribui para a evolução da doença.
Não importa qual seja a suspeita, o melhor é sempre levar seu amigo ao veterinário. No entanto, alguns sintomas da giárdia ajudam a identificar se o cãozinho ou o bichano está com o parasita. Veja os exemplos abaixo.
- Fezes líquidas ou pastosas, com cheiro forte e que podem ser esverdeadas;
- Falta de apetite;
- Perda de peso;
- Pelos sem brilho e com queda acentuada;
- Vômitos;
- Sensibilidade abdominal;
- Flatulência;
- Desidratação;
- Fraqueza.
Em alguns casos, o animal pode apresentar muco, como uma gelatina recobrindo as fezes, ou sangue nas fezes. Além disso, quanto mais a doença progride sem tratamento, maior é a chance do pet ficar desidratado. Procure ajuda o quanto antes!
Diagnóstico e tratamento de giardíase
Embora os relatos dos sintomas pelo tutor possam ajudar no diagnóstico, uma das principais formas de ter certeza de que se trata de giardíase é por meio do exame parasitológico de fezes.
Vale ressaltar que, normalmente, três amostras devem ser colhidas em dias alternados. Isso porque os cistos não são eliminados em todas as evacuações. Um exame rápido, como o de gravidez, pode diagnosticar a doença com precisão.
O tratamento da giardíase é feito com fármacos antiprotozoários, específicos para o problema. Além disso, é essencial higienizar corretamente o ambiente e os acessórios do pet contaminado. Siga as orientações do veterinário à risca!
O que fazer para prevenir a giárdia
Atualmente, os cães e os gatos podem contar com a vacina, que, apesar de não ser 100% eficaz, ajuda a tornar os sintomas da giárdia mais brandos em caso de contaminação.
A vacina também controla a contaminação ambiental ao diminuir o número de cistos do parasita excretados no ambiente, bem como o tempo em que o pet os excreta pelas fezes.
Além disso, algumas medidas de higiene podem ser de grande ajuda na profilaxia da giardíase. Por esse motivo, veja algumas dicas para evitar o contato direto com o parasita.
- Nunca deixe seu pet cheirar ou lamber as fezes de outros animais na rua;
- Quando chegar em casa, lave bem as mãos e tire os sapatos, já que eles podem trazer doenças da rua para o ambiente interno;
- Mantenha o ambiente em que seu pet vive e come sempre limpo;
- Ofereça somente água filtrada ou fervida para o pet;
- Durante o tratamento do pet com a enfermidade, use produtos à base de amônia quaternária no ambiente para eliminar os cistos e evitar uma nova contaminação;
- Caso tenha mais de um pet, é importante que todos façam exames de fezes e tratamentos quando um deles apresentar sinais de contaminação;
- Faça visitas regulares ao veterinário com seu pet. Entre outros cuidados, o profissional pode recomendar vermífugos a cada quatro ou seis meses.