A situação financeira pode abalar a saúde física e emocional de qualquer pessoa. Por essa razão, o hábito de elaborar um planejamento financeiro pessoal anualmente é de grande valia para se alcançar o equilíbrio necessário e poder ter recursos suficientes para investimentos.
Para isso, é essencial obter uma educação financeira mínima necessária para realizar um bom e eficiente planejamento. Ao mesmo tempo, organizar as contas e poder enxergar com detalhes a realidade facilitará muito o alcance de suas metas.
Continue a leitura e conheça 7 dicas para montar o seu planejamento financeiro pessoal!
1. Defina seus objetivos financeiros
Inicialmente, considere que você deve definir objetivos para que possa traçar as suas metas financeiras, ou seja, aonde deseja chegar e quando. Para isso, separe dois grupos: os de curto e os de longo prazo. Os objetivos de curto prazo são aqueles que você consegue realizar em até 1 ano. Por sua vez, os de longo prazo são os que levam mais de 1 ano para serem atingidos.
Quase sempre existe família envolvida, ou seja, muitas vezes os familiares fazem parte dos projetos, dos objetivos e das metas. Quando é assim, os membros devem participar, mesmo os menores, para que percebam a importância do planejamento financeiro em suas vidas. Afinal, se houver sacrifícios iniciais, todos terão a sua cota.
2. Invista em educação financeira
Como apontado no item anterior, a educação financeira deve fazer parte da formação de todos. Portanto, invista nesse conhecimento. Hoje, aprender só depende do interesse de cada um, uma vez que os meios estão disponíveis para qualquer pessoa e a qualquer momento.
Nesse sentido, é melhor ainda, uma vez que é possível fazer bons cursos totalmente gratuitos. Existem diversas ferramentas para esse fim: artigos, vídeos, cursos, livros, planilhas e aplicativos. É só dedicar um tempo para esse fim e você estará pronto para organizar as suas contas. Esse é o próximo tópico.
3. Organize suas contas
Uma vez adquirido um conhecimento básico sobre planejamento financeiro, é hora de organizar as contas pessoais. Na verdade, esse é o primeiro passo efetivo, que permite uma ampla visão de como está a sua situação financeira.
Então, além de conhecer quanto se ganha (receitas) e quais são seus gastos (despesas), nesse momento, é importante observar toda a situação. Isso significa reunir todas as informações disponíveis sobre o estado financeiro atual.
É indispensável que as informações sejam corretas e precisas. Para isso, você deve lançar mão de extratos das contas bancárias, demonstrativos de pagamento, empréstimos, cartões de crédito, além das despesas fixas da família, como aluguel, escola, IPVA e IPTU, entre outros.
4. Coloque tudo em uma planilha
Lance os dados levantados — receitas e despesas — em uma planilha, especificando cada um. Para ajudar, é possível encontrar infinitas planilhas disponíveis para download: escolha uma que se adapte melhor aos seus objetivos.
Com a planilha montada, é muito mais fácil ter uma visão real da situação financeira naquele momento. A partir dela, você identificará as dívidas existentes e definirá uma estratégia para se livrar delas.
Ao mesmo tempo, poderá rever os gastos atuais e fazer novas previsões de quanto poderá gastar em um período definido por sua meta, ou seja, no tempo necessário para alcançá-la. Por fim, com a planilha pronta, você já começa a agir na direção da realização de seus sonhos.
5. Faça uma previsão de gastos
Os gastos constituem a parte essencial do planejamento, pois definem se as receitas serão suficientes para alcançar um equilíbrio ou não. Assim, a discriminação dos itens que compõem os gastos deve ser muito precisa, uma vez que é crucial para o sucesso do planejamento.
Lembre-se de incluir mesmo aqueles gastos aparentemente pequenos, como paradinhas na lanchonete ou o corte de cabelo. Saiba que a maior parte das diferenças que nunca se equilibram no orçamento pessoal tem origem nos gastos pequenos, quase sempre frutos de desejos imediatos e emoções.
Agora, é preciso definir um teto, ou seja, um valor limite para os gastos levantados. Em seguida, identifique as despesas que podem ser cortadas e eliminadas do orçamento.
Isso significa um elenco de coisas com as quais não haverá mais despesas. O objetivo é alcançar uma condição em que, por menor que seja a diferença, os gastos precisam ser menores que a receita total.
6. Divida o salário em porcentagens
Existe uma regra prática que pode ser adotada no planejamento financeiro para fins de definição da distribuição dos recursos (receitas), uma vez estabelecidas as demandas essenciais (gastos). Ela é conhecida como 50-35-15 e determina onde e quanto deve ser alocado do seu dinheiro.
Considerando a receita com salários, rendimentos e qualquer outro ganho, a regra funciona da seguinte maneira:
- 50% são destinados aos gastos essenciais, que não podem faltar ou atrasar, como combustível, condomínio, luz, água etc.;
- 35% devem ser utilizados com lazer, por exemplo, passeios, viagens, academia, cursos;
- 15% precisam pagar as dívidas — depois de quitadas, esse valor passa a ser para uma reserva financeira.
Trata-se de uma regra básica, na qual você pode fazer pequenos ajustes para a sua realidade. Mas sempre considere os aspectos dos gastos essenciais, lazer e dívidas. Eles constituem a base do planejamento financeiro para o atingimento de metas.
Falando em metas, seus objetivos serão o principal norteador nos ajustes que fizer nos percentuais dessa regra. Portanto, coloque foco onde você deseja chegar.
7. Livre-se das dívidas
Como apontado na regra anterior, livrar-se das dívidas é essencial e indispensável em qualquer planejamento financeiro. Para muita gente, essa é a meta. Depois de alcançada, realiza-se novo planejamento, com outros objetivos.
Em geral, a melhor maneira de se livrar das dívidas é identificar as mais fáceis e focar nelas primeiro. Assim, concentre-se em quitá-las integralmente e, a partir daí, siga para a próxima. Dessa forma, você deixa as grandes dívidas para o final.
A vantagem desse método é o estímulo que se obtém à medida que cada dívida é quitada, fortalecendo para a próxima empreitada. Em qualquer caso, negocie sempre e procure reduzir ao máximo o valor acertado nos acordos que fizer para quitar suas dívidas. Certamente, valerá a pena!
Como vimos, o planejamento financeiro pessoal requer alguns cuidados, como precisão nas informações, sobretudo referente aos gastos, corte de despesas não essenciais e distribuição adequada dos recursos disponíveis.